Quanto da realidade social uma dada relação imaginária consegue figurar? Por meio de uma análise das relações entre figuração e as transformações do capitalismo, Frederic Jameson se vale da pergunta para introduzir o conceito de mapeamento cognitivo.
Software Negro: entre a revolução e a repressão tecnológica
Black Software, de Charlton McIlwain, explora a ambivalência da relação entre a população negra e a tecnologia. Alex da Rosa e Sara de Araújo Pessoa discutem a obra e apresentam tradução inédita de sua Introdução.
“Mais que um, menos que dois”: uma ética da predicação
Em “Mais que um, menos que dois”: uma ética da predicação, Rafael Saldanha busca desenvolver uma nova forma de pensar a relação do sujeito com seus predicados, que não precisam ser entendidos somente como elementos que identificam e constituem o sujeito, mas, igualmente, como elementos que compõem com o sujeito.
A propósito de Lacan
Lélia Gonzalez discute a psicanálise e o pensamento lacaniano ao abordar os trabalhos de Antônio Sérgio Mendonça e M.D. Magno.
Uma maldição tropical: notas sobre o devir-periferia do mundo
Embora a modernidade tenha indicado que as promessas de futuro emanavam dos centros, o que parece estar ocorrendo é exatamente o contrário: o futuro do centro passa a ser informado pelas periferias. Um espectro ronda o mundo: o espectro da precariedade.
Depois do fim do capitalismo
Desde a crise financeira de 2008, ideias sobre a derrocada do capitalismo voltaram a circular. Se vivemos o momento sombrio em que o velho morreu e o novo ainda não nasceu, não há, porém, alternativa política clara apontando um caminho a se seguir, o que estende a agonia de um sistema que progressivamente dá sinais de seu esgotamento com o aprofundamento de suas contradições.
Após Hegel, nada de novo
Em entrevista inédita em língua portuguesa, György Lukács discute sua trajetória intelectual, a influência de Hegel e Lênin, bem como os rumos do socialismo na União Soviética e no leste europeu.
Um pensador na periferia da História
Paulo Arantes é um pesquisador da “sintaxe” histórica – da estrutura mesma das relações entre capitalismo, sociedade, ideologia, crise. Nos conduzindo pela complexa obra do intelectual paulista – de sua tese Hegel: a ordem do tempo ao mais recente O novo tempo do mundo – Gabriel Tupinambá esmiuça a obra de Arantes focado em uma questão: a experiência da transformação histórica.
O populismo, a várzea e o bicho: notas sobre a teoria do populismo e a crise da esquerda
“O populismo nunca esteve tão na moda. Não dessa forma, pelo menos. Antes, era xingamento. Embora muitos ainda torçam no nariz, sua rejeição já não é uma unanimidade”. Maikel da Silveira analisa os possíveis limites da razão populista na teoria de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe a partir dos estudos de Gabriel Feltran sobre violência e periferia no Brasil. Para Silveira, mais que retornar heroicamente à base, precisamos aprender a jogar na “várzea” da organização política.
O capital está morto
O regime político do nosso tempo não é mais o capitalismo, nem é mais o neoliberalismo. O que é então? O novo livro de McKenzie Wark busca responder essa pergunta: “A classe dominante de nosso tempo não mantém mais seu domínio por meio da propriedade dos meios de produção, como os capitalistas. Tampouco por meio da propriedade da terra, como os latifundiários. A classe dominante do nosso tempo possui e controla informação.”